FLT3 MUTAÇÕES ITD e D835, PCR SEMI-QUANTITATIVO [ON-FL1]

Oncohematologia

GENES ANALISADOS

FLT3, Mutações ITD e TKD (D835)

DOCUMENTOS

Formulário para exames de Oncohematologia preenchido (FORM-DA-002 EXAMES ONCOHEMATOLOGIA).

INSTRUÇÕES DE COLETA E TRANSPORTE

Preparo do paciente: Não há (não é necessário jejum)

Material: 4mL de medula óssea ou 8mL de Sangue com > 25% de blastos em EDTA (tubo tampa roxa).

A coleta do material medula óssea é um procedimento médico que deverá ser realizado por profissionais da área de oncohematologia. Não pode ser colhido no Geneticenter.

Conservação: 72 horas refrigerado entre 2oC e 8oC

Critérios para amostras recebidas com restrição: volume inferior ao recomendado, prazo de coleta superior ao recomendado, temperatura superior à recomendada.

Critérios para rejeição de amostras: Amostra coagulada, hemolisada ou congelada, anticoagulante inadequado.

METODOLOGIA

PCR (Reação em Cadeira da Polimerase) com primers fluorescentes seguido por eletroforese capilar (semi-quantitativo)

LIMITAÇÕES DO EXAME

– Sensibilidade: 4% para a mutação ITD e 6% para a mutação TKD.

– Carga alélica de mutação inferior a 1% não é detectada na eletroforese capilar.

– Mutações ITD com tamanho superior a 200pb gerando amplicons maiores que 530pb são muito raras e podem não ser detectadas por esta técnica.

DOENÇAS RELACIONADAS

Leucemia Mieloide Aguda

PALAVRAS-CHAVE

FLT3, Leucemia Mieloide Aguda, Mutação FLT3-ITD, FLT3-TKD, FLT3-D835, Midostaurina, Gilterinibe, Inibidor de FLT3.

PRAZO

5 dias úteis

COMENTÁRIOS

– Métodos de Detecção: PCR RFLP e eletroforese capilar.

– A partir de 2022, a razão alélica de FLT3-ITD não é mais considerada para classificação de risco, consequentemente, LMA com mutação FLT3-ITD (sem lesões genéticas de risco adverso) é agora caracterizada como de risco intermediário, independentemente da carga alélica ou presença de mutação em NPM1 (Döhner et al., 2022). Embora a razão alélica FLT3-ITD não seja mais necessária para a atribuição do grupo de risco ELN, recomenda-se que isso ainda seja relatado no laudo, tendo sido o ensaio padronizado e validado para este fim.

– Método de monitoramento DRM no Geneticenter: Apesar da literatura internacional mostrar que o monitoramento de DRM de casos FLT3 positivos ao diagnóstico é possível por NGS, o Painel NGS Mieloide oferecido atualmente não tem profundidade de cobertura suficiente para esta análise.

– Epidemiologia: A mutação FLT3-ITD é encontrada em 25% das LMA em adultos e 15% em crianças. Mutações FLT3-TKD são mais raras e ocorrem em aproximadamente 5 a 10% dos casos de LMA.

– Referências:

Khoury, J.D. et al. The 5th edition of the World Health Organization Classification of Haematolymphoid Tumours: Myeloid and Histiocytic/Dendritic Neoplasms. Leukemia 36, 1703–1719 (2022). doi.org/10.1038/s41375-022-01613-1.

Mehta P, et al. Recommendations for laboratory testing of UK patients with acute myeloid leukaemia. Br J Haematol. 2023 Jan;200(2):150-159. doi: 10.1111/bjh.18516. Epub 2022 Oct 24. Erratum in: Br J Haematol. 2023 May;201(3):589.

NCCN Guidelines Version 4.2023 Acute Myeloid Leukemia

Döhner H et al. Diagnosis and management of AML in adults: 2022 recommendations from an international expert panel on behalf of the ELN. Blood. 2022 Sep 22;140(12):1345-1377. doi: 10.1182/blood.2022016867.

Atualizado em 28/02/2024